Assistimos no domingo (17), quase
onze horas de puro espetáculo gratuito na votação que daria prosseguimento ao
impedimento da presidente Dilma Roussef na Câmara de Deputados, e encaminharia
para a segunda votação, que pode acontecer no dia 11 de maio, no Senado
Federal.
Teve de tudo, menos seriedade,
respeito pelo voto do povo brasileiro e uma porção de desordeiro que reflete o
que fazemos com algo tão precioso como votar e desfaz-se a ideia estigmatizada de
que precisamos escolher o melhor nas eleições. Procurei entre 505 deputados
presentes, evidente com exceções raríssimas, e percebi que ali sim, é a
verdadeira “CASA DE MÃE JOANA”, ou o bordel onde a prostituição política não é
gratuita, e a farra do prostíbulo federal, é paga com o dinheiro do
contribuinte.
Aconteceu de tudo naquele dia
fatídico, inclusive nada. Nada que pudesse vislumbrar um futuro melhor para o
Brasil, nada que permitisse a todos nós dessa nação, enxergar a luz no fim do
túnel. Troca-se PT por PMDB, PSDB, PP, PQP, aliás, a frequência da votação do
processo de impeachment na Câmara Federal já mostra o pacto antecipado com os
partidos, os mesmos partidos que há poucos meses ou dias, estiveram alinhados
com o Governo Federal, mamando nas tetas do tesouro nacional. Continuarão do
mesmo jeito.
Eu não me senti inoculado
contra o que sempre preguei e penso como bondade na construção do país dos meus
netos e das gerações futuras. As bizarrices que assisti inerte, espantado e
estático, paralisado por uma sensação de impotência, sentimento que acredito,
muitos brasileiros estavam em corrente simultânea compartilhando, provam que
nunca e jamais vamos ser uma nação de pessoas sérias, de gente competente, procuradores
dos mandatos do povo que buscam fomentar o nosso crescimento, enfim, somos
mesmo um “BRASIL DE CHACOTA MUNDIAL”, um pais medíocre que se comporta e vai
sempre se comportar como nação SUBDESENVOLVIDA.
Um dia que seria histórico e
que quase ninguém foi assim tão audacioso para comemorar, um dia que marcaria o
júbilo para muitos brasileiros, foi ofuscado com as marcas imorais do nosso
jeito de fazer política. Estamos vivendo uma agonia moral e podemos dizer que
naquele dia “ISTÓRICO”, isso mesmo, com I maiúsculo, o que evidente vira uma
aberração da nossa língua e um ataque ao jornalismo bem feito e conduzido de
forma a respeitar o nosso tão lindo português, mas é assim que decidi fazê-lo,
para entender e comparar com a nossa casa de insanos, que é a Câmara de
Deputados. São esses aí os nossos representantes, os Tiriricas, os Jeans, os
Bolsonaros, os Mendonças, os Cavalcantes, os petistas, os peemedebistas, os
pessebistas, que vão mudar o que estava errado? Mas é isso mesmo: para os seus
filhos, para os seus netos, esposas, cachorros, gatos, eles realmente
demonstraram a quem pretendem ajudar, já que o PT distribuía apenas entre uma
quadrilha organizada e a seu bel-prazer, as riquezas dos brasileiros.
Viva a faixa “Fora Cunha”, a
cantoria fora de ritmo do Paulinho da Força, a cusparada de Jean Wyllys, os
militares de 64, Marighella, o Tchau Querida, o metro quadrado de hipocrisia. Avante! Brasil! Você nunca mais será o mesmo.
Por Everaldo
Matéria de O Grande Jornal - Edição de Abril
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